ROCHESTER, Minnesota — Pesquisadores da Mayo Clinic dizem que medicamentos senolíticos podem potencializar uma proteína importante no corpo que pode proteger pessoas de mais idade contra os aspectos negativos do envelhecimento e uma variedade de doenças. As descobertas, que estão publicadas na revista médica eBioMedicine demonstram isso nos estudos com camundongos e humanos.
Os senolíticos desenvolvidos na Mayo Clinic e administrados uma vez limpam a corrente sanguínea de células senescentes ou “zumbis”. Tais células contribuem para várias doenças e aspectos negativos do envelhecimento. O estudo mostra que a remoção de células senescentes potencializa significativamente a produção de uma proteína de proteção chamada a-klotho.
“Nós mostramos que há um caminho para uma abordagem de pequenas células ativa oralmente para aumentar essa proteína benéfica e também amplificar a ação dos medicamentos senolíticos”, diz James Kirkland, M.D., Ph.D., médico internista na Mayo Clinic e autor sênior do estudo.
Os pesquisadores primeiro mostraram que células senescentes reduzem os níveis da a-klotho em três tipos de células humanas: células endoteliais da veia umbilical, células renais e células cerebrais. Eles também demonstraram que, usando a combinação de senolíticos dasatinibe mais quercetina em três tipos de camundongos, houve aumento da a-klotho. E depois de administrar dasatinibe mais quercetina em participantes de ensaios clínicos com fibrose pulmonar idiopática, também ocorreu aumento da a-klotho.
“Também somos os primeiros a vincular o possível impacto de células senescentes de gordura na a-klotho cerebral”, diz Yi Zhu, Ph.D., engenheira biomédica e fisiologista da Mayo Clinic e primeira autora do estudo. “Isso pode abrir um outro caminho para investigar o impacto de células senescentes periféricas no envelhecimento cerebral.”
A proteína a-klotho é importante para manter uma boa saúde, uma vez que tende a diminuir com a idade, com redução especial em várias doenças, incluindo Alzheimer, diabetes e doença renal. Estudos com animais mostraram que a redução da a-klotho em camundongos encurta a expectativa de vida e que o aumento da a-klotho em camundongos com a inserção de um gene que causa sua produção aumenta a expectativa de vida em 30 por cento.
Descobrir formas de aumentar a a-klotho em humanos é um objetivo principal da pesquisa, mas isso tem sido difícil devido ao seu tamanho e instabilidade. Introduzi-la diretamente é algo problemático, pois teria que ser administrada na veia em vez de oralmente.
Esse estudo mostra que os senolíticos, que podem ser administrados oralmente, aumentam a a-klotho em humanos com fibrose pulmonar idiopática, uma doença associada à senescência que leva a fragilidade, dificuldades de respiração graves e morte.
O estudo foi apoiado pelas instituições National Institute of Health, Translational Geroscience Network, Robert e Arlene Kogod, Connor Group, Robert J. e Theresa W. Ryan e Noaber Foundation.
Os outros autores são Yi Zhu, Ph.D.; Larissa Prata, Ph.D.; Erin Wissler Gerdes; Jair Machado Espindola Netto, Ph.D.; Tamar Pirtskhalava, Ph.D.; Nino Giorgadze; Utkarsh Tripathi; Christina Inman; Kurt Johnson; Ailing Xue; Allyson Palmer, M.D., Ph.D.; Tingjun Chen, M.D., Ph.D.; Kalli Schaefer; Jun Chen, Ph.D.; Sundeep Khosla, M.D.; Diana Jurk, Ph.D.; Marissa Schafer, Ph.D.; e Tamar Tchkonia, Ph.D. (todos da Mayo Clinic) e Jamie Justice, Ph.D., e Stephen Kritchevsky, Ph.D., da Wake Forest School of Medicine, e Anoop Nambiar, M.D., e Nicolas Musi, M.D., da University of Texas.
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